Como apreciador compulsivo e fanático pela Sétima Arte, farei uma análise crítica neste Blog para os filmes lançados no circuito cinematográfico. Façam bom proveito como eu e divirtam-se. Boa leitura!!
segunda-feira, 17 de maio de 2010
"MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS"
O filme "Medidas Extraordinárias", drama médico sobre um pai que tenta salvar seus filhos, funciona em um nível pouco sutil - seria preciso ter um coração de pedra para não se comover com a história de criancinhas adoráveis correndo perigo de morte. Mas em nenhum momento o filme consegue escapar das fórmulas batidas.
Um título na abertura informa o espectador de que "Medidas Extraordinárias" é "inspirado em uma história verídica". De fato, John Crowley (Brendan Fraser) foi uma pessoa real que lutou para encontrar tratamento para a doença de Pompe, um transtorno genético raro relacionado à distrofia muscular.
Mas o médico representado por Harrison Ford é um personagem composto, o tempo em que os fatos transcorrem foi drasticamente comprimido e a empresa farmacêutica que desenvolve a enzima salvadora é um conglomerado fictício. Essas mudanças são compreensíveis, mas roubam o filme do impacto que um registro mais realista talvez tivesse.
Quando Megan (representada com eficácia por Meredith Droeger), filha de John, quase morre de infecção respiratória, John procura o recluso cientista Robert Stonehill (Ford), e este concorda em se unir a ele na busca por uma cura.
O melhor do filme é a boa performance de Ford como o ranzinza Stonehill. Embora o conceito de gênio excêntrico não seja exatamente inovador, Ford representa o papel com minimalismo magistral.
Com relação a Fraser( visivelmente gordo e barrigudo, não sei se foi para o papel ou não), não é possível dizer o mesmo. Embora Stonehill descreva Crowley como "implacável", Fraser não nos deixa ver esse lado do personagem; em vez disso, se mostra nobre e de bom coração. Keri Russell está simpática no papel de esposa de Crowley, mas seu papel é padronizado.
Pode-se dizer que “Medidas Extraordinárias” não é um filme ruim, apesar de conter algumas falhas na sua construção, como a fotografia é rotineira, e a trilha sonora melosa de Andrea Guerra ressalta a natureza convencional do roteiro. A primeira metade de "Medidas Extraordinárias" tem energia considerável, mas o filme como um todo é prejudicado por um excesso de confrontos exagerados e pensamentos e citações um pouco previsíveis.
Nota 2: Regular