quarta-feira, 16 de junho de 2010

" A RESSACA"


Sinceramente, não sei como a crítica americana pode ter gostado tanto desse filme, que para mim parece mais um genérico do sucesso mundial “Se beber não case”, que pra mim já não foi lá grande coisa, mas que com certeza é bem superior a esse a “A ressaca”.

O novo filme de John Cusack começa errado pela tradução do título, do original “Hot Tube - time machine”, foi erroneamente traduzido como “A Ressaca”. Era preferível manter o título original ou traduzí-lo ao pé da letra, sendo algo do tipo “Jacuzzi – Máquina do Tempo” ou até mesmo dar esse título “A ressaca” para o filme que praticamente foi a fonte para esse filme, o sucesso “Hangover” que na tradução exata seria a ressaca e não “Se beber, não case como fora traduzido por aqui, mas enfim , vamos a história.

A história é de 4 amigos: um alcoólatra suicida, um nerd, um workaholic e um submisso à mulher. Após a tentativa de suicídio de Lou (o alcoólatra), os amigos viajam pra uma cidade onde curtiram os melhores anos de suas vidas. O que acontece é que durante a bebedeira dentro de uma jacuzzi eles voltam no tempo, no ano de 86; que foi decisivo na vida deles. Ao retornarem ao fatídico cenário, eles se deparam com ícones da cultura pop e clichês oitentistas: piadas com Michael Jackson (mesmo depois de morto ele continua sendo alvo delas), walkman, neon, Poison etc. Esse é o ponto forte, o revival.

A menos que você tenha uma queda por filmes escatológicos passe longe deste que começa com uma cena em que Nick (Craig Robinson), no pet shop, tira uma chave de carro do cachorro (detalhe: a chave estaria no intestino)... na sequência, em outras situações, vômitos e piadinhas grosseiras. O roteiro é simpático, mas contém muitas falhas; como a valorização da sobrenatural máquina do tempo. As confusões armadas pelos amigos - de humor negro e ácido - são mais atraentes que as explicações mirabolantes da time machine. Ensaiam um “Bill e Ted” versão 2010, mas não chegam a tanto. As piadas são fracas, mas estão inseridas em situações interessantes; ficando muitas vezes ‘soltas’ demais e conta com a cooperação do público na compreensão.

Me perdoem os bem humorados, eu também sou e estou sempre de bem com a vida , mas prefiro um humor um pouco mais refinado. As interpretações beiram o overacting...


NOTA 1 RUIM