quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"O APRENDIZ DE FEITICEIRO"


Mesmo antes de O Aprendiz de feiticeiro estrear nos cinemas, os críticos foram rápidos a pronunciar uma decepção garantida. Eu não sei porquê. Afinal de contas, "O aprendiz de feiticeiro" foi inspirado em uma das histórias do Mickey, no original "Fantasia", e alguns fãs consideram a obra como algo sagrado. Para outros, o nome de Jerry Bruckheimer é tudo que eles precisam ouvir para logo descartar a seriedade da obra. O ponto é, eu tinha ouvido falar que este filme foi medíocre na melhor das hipóteses, e eu provavelmente era tão culpado quanto qualquer outra pessoa para assumir o pior. Então eu fui assisti-lo com a minha família, e quando a votação foi mista, nós concordamos em uma coisa: os críticos que destruíram este filme foi o modo de ser muito duro com ele.

O importante a ressaltar é que o filme, funciona muito bem como um entretenimento leve, mas com certeza não há o desenvolvimento mais profundo de qualquer personagem ou até mesmo dos diálogos para tornar o filme com mais importância ou relevância para a vida de qualquer pessoa.
Mas quanto realmente precisamos saber sobre um feiticeiro secular ou mesmo sobre o seu aprendiz do século 21, para percebemos que esses caras são a única esperança da humanidade contra um outro feiticeiro do mal que quer destruir o mundo?

Nicolas Cage volta aos cinemas na pele de Balthazar Blake, um feiticeiro que mora em Manhattan e que busca defender a cidade de seu arquiinimigo, Maxim Horvarth. Além disso, o mágico busca também encontrar o “mais novo do milênio”, nome dado ao jovem herdeiro do poder de seu antigo mestre. Depois de muitas tentativas furadas, Baltazar o encontra e passa a ajudar o jovem a entender e praticar a magia dentro da missão de proteger o mundo. Boa parte do longa será destinada ao desenvolvimento e aprendizagem do jovem, que ainda arranja tempo para se apaixonar e complicar ainda mais a missão.

O principal problema está no roteiro, que pecou por não sai do padrão. Os efeitos visuais conseguem esconder um pouco as falhas da obra. É interessante ver que não ocorre aqui uma economia como ocorreu com o tempo de duração da obra e no romance na mesma. Eles estão em toda parte e para todos os lados. E como de praxe, os melhores ficaram para o final. O mais intrigante é que nenhum habitante da cidade consegue vê-los. Ninguém acha estranho um dragão de tecido transformar-se em um dragão de verdade.

Algo que vale ressaltar é o crescimento da história. Embora repleta de falhas em sua execução, ela chega ao seu ápice com vários ganchos que conquistam por sua força. O humor surge na obra de forma bem contida. Algumas piadinhas e a própria inexperiência do jovem ao lidar com os poderes dão um tom leve e agradável à história. A cena em que ele, ao invés de melhorar o carro, o transforma em um calhambeque é divertida.

NOTA 2 REGULAR